É um termo usado para descrever as ações feitas pela rede por intermédio de rotadores para encaminhar os pacotes através dela. Nós falamos pacotes que são roteados de A para B, ou estão sendo roteados em uma rede internet, uma rede extranet ou uma rede interna intranet.
Os pacotes seguem através da rede sendo enviados de uma máquina (roteador) a outra até atingir seu destino por intermédio dos protocolos de roteamento. O protocolo de roteamento (por exemplo RIP, OSPF, OSPFV3, BGP, MPLS, ISIS) capacita cada roteador de compreender qual outro roteador é o mais próximo hop (salto) que um pacote deve fazer para atingir seu destino. Os roteadores usam os protocolos de roteamento para construir as tabelas de roteamento. Quando recebem um pacote e têm que fazer uma decisão de encaminhamento, os roteadores procuram na tabela de roteamento o melhor caminho, melhor rota para se chegar ao destino solicitado usando o endereço IP do destino no pacote, obtendo desse modo a identidade da máquina pertencente ao próximo hop (salto).
Um roteador é um dispositivo que encaminha pacotes de dados entre redes de computadores seja ela domestica ou a um Backbone da Internet criando um conjunto de redes de sobreposição. Um roteador é conectado a duas ou mais linhas de dados de redes diferentes. Quando um pacote de dados chega, em uma das linhas, o roteador lê a informação de endereço no cabeçalho IP do pacote no campo Destination Address, para assim determinar o seu destino final. Em seguida, usando a informação na sua política na tabela de roteamento ou encaminhamento, ele direciona o pacote para a rede de próxima em sua viagem rumo ao destino. Os roteadores são os responsáveis pelo "tráfego" na Internet. Um pacote de dados é normalmente encaminhado de um roteador para outro através das redes que constituem o Backbone da Internet até atingir o destino portanto o roteador é tipicamente um dispositivo da camada 3 (rede) do Modelo OSI.
Um pacote IP também é conhecido como datagrama. Consiste em informações de controle e dados do usuário. Com essas informações de controle, ele ajuda a fornecer dados para entregar as informações útil a requisição feita pelo usuário. Normalmente, essa informação de controle pode ser encontrada nos cabeçalhos de pacotes e trailers. A unidade de dados é roteada entre uma origem e o destino na Internet ou mesmo para qualquer outra rede comutada por pacotes.Este é um container ou uma caixa que transporta os dados através de uma rede TCP ou IP e internetworks.
Um pacote também é considerado como a unidade lógica mais fundamental dos dados que são passados através de uma rede segura. Além disso, representa a menor quantidade de dados que podem atravessar um sistema de uma só vez. Um pacote de rede TCP ou IP contém várias informações que incluem os dados que ele está carregando, o destino de origem dos endereços IP e quaisquer outras restrições necessárias para a qualidade do serviço e o manuseio de pacotes.
A intranet é uma rede de computadores privada que opera sobre o suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores internos.
Para tal, foi designado para este fim pelo órgão regulamentador da Internet mundial IANA (Internet Assigned Numbers Authority), as faixas de endereços IP que são 10.0.0.0/8, 172.16.0.0/12, 192.168.0.0/16.
Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem alguma informação que pode ser trocada com os demais setores, podendo cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area Network), que porém, não emprega restrições de acesso a Internet.
Uma extranet é uma rede de computadores que permite acesso externo controlado, para negócios específicos ou propósitos educacionais. Em um contexto de business-to-business, uma extranet pode ser vista como uma extensão de uma intranet da organização que é estendida para usuários externos à organização, geralmente parceiros, vendedores e fornecedores, em isolamento de todos os outros usuários da Internet. Em contraste, os modelos business-to-consumer envolvem servidores conhecidos de uma ou mais empresas, comunicando-se com usuários consumidores previamente desconhecidos. Uma extranet é semelhante a uma DMZ (DeMilitarized Zone ou zona desmilitarizada) em que ela fornece acesso a serviços requeridos para canais de parceiros, sem acesso concessão de acesso a uma rede inteira da empresa.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o conceito confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode ser vista como uma parte da empresa que é estendida a usuários externos ("rede extra-empresa"), mas com visões parciais dos seus dados corporativos, para por exemplo: representantes, fornecedores e clientes. Outro uso comum do termo Extranet ocorre na designação da "parte privada" de um site, onde somente "usuários registrados" podem navegar, previamente autenticados por sua senha (login).
Um protocolo de roteamento especifica como os roteadores se comunicam uns com os outros, a distribuição de informações que permite selecionar rotas entre quaisquer um dos dois nós em uma rede de computadores.
Algoritmos de roteamento determinam a escolha específica da rota. Cada roteador tem um prévio conhecimento somente das redes ligadas diretamente ao mesmo. Um protocolo de roteamento compartilha estas informações entre os vizinhos imediatos, e em seguida, em toda a rede. Desta forma, os roteadores adquirem conhecimento sobre a topologia da rede.
As características específicas dos protocolos de roteamento incluem a forma pela qual eles evitam loops de roteamento, a forma que eles selecionam as rotas preferenciais, usando informações sobre custos de saltos, o tempo necessário para alcançar a convergência de roteamento, sua escalabilidade, e de outros fatores.
Embora existam muitos tipos de protocolos de roteamento, três grandes classes são muito utilizados em redes IP:
Protocolos de gateway Interior tipo 1, o estado de ligação de protocolos de roteamento, tais como OSPF, OSPFV3 e IS-IS
Protocolos de gateway Interior tipo 2, a distância de roteamento de vetor de protocolos, tais como o Protocolo de Informações de Roteamento, RIPv2, IGRP.
Exterior gateway, são protocolos utilizados na Internet para troca de informações de roteamento entre Sistemas Autônomos, basicamente estamos falando do BGP (Border Gateway Protocol).
Hop em redes de computadores é uma parte do caminho entre a origem e o destino dos pacotes trafegados na rede. Os pacotes de dados passam por bridge, roteadores, switches e gateway enquanto viajam entre a origem e o destino. Cada vez que os pacotes são passados para o próximo dispositivo de rede, ocorre um hop.
A contagem de hops refere-se ao número de dispositivos intermediários pelos quais os dados devem passar entre a origem e o destino.
Um algoritmo de roteamento IP usa uma tabela de roteamento IP em cada máquina que armazena as informações acerca de possíveis destinos e a maneiras de chegar a eles.
Tanto os hosts como gateways têm tabelas de roteamento, quando o software de roteamento IP em um host ou gateway necessita transmitir um datagrama (pacote de Internet na camada 3), ele consulta a tabela de roteamento para decidir onde enviara o datagrama.
Tipicamente a informação que se armazena nas tabelas de rotas é o par (N,G), onde N é o endereço IP da rede de destino e G é o endereço IP do próximo salto ou gateway no caminho a rede N (endereço destino). De modo que uma tabela de roteamento num gateway G somente especifica um passo do caminho de N a uma rede destino, o gateway não sabe o caminho completo ao destino.
É importante entender que a tabela de roteamento sempre aponta aos gateways que podem ser alcançados através da rede a qual esse gateway está conectado. Isso significa que todos os gateways listados na tabela de roteamento de uma máquina M devem conetar-se as redes às quais M está conetada diretamente.
Quando um datagrama está pronto para sair de M (origem do pacote), o software IP localiza o endereço IP destino e extra e a porção da rede. Logo M usa a identificação da rede para fazer uma decisão de roteamento, selecionando um gateway que possa ser alcançado diretamente.
Nas tabelas de roteamento não é possível armazenar as informações de cada máquina destino, seria impossível manter as tabelas atualizadas, além de que as máquinas teriam problemas com armazenamento para toda a informação.
O IP, na versão 4 do IP (IPv4), é um número de 32 bits oficialmente escrito com quatro octetos (bits) representados no formato decimal como, por exemplo, "192.168.1.2". A primeira parte do endereço (192.168.1) identifica uma rede específica na Internet, a segunda parte (.2) identifica um host dentro dessa rede. Devemos notar que um endereço IP não identifica uma máquina individual, mas uma conexão à Internet. Assim, um gateway conectado a redes tem endereços IP diferentes, um para cada conexão.
Os endereços IP podem ser usados tanto para nos referir a redes quanto a um host individual. Por convenção, um endereço de rede tem o campo identificador de host com todos os bits iguais a 0 (zero). Podemos também nos referir a todos os hosts de uma rede através de um endereço por difusão, quando, por convenção, o campo identificador de host deve ter todos os bits iguais a 1 (um). Um endereço com todos os 32 bits iguais a 1 é considerado um endereço por difusão para a rede do host origem do datagrama. O endereço 127.0.0.1 é reservado para teste (loopback) e comunicação entre processos da mesma máquina. O IP utiliza três classes diferentes de endereços. A definição de tipo de endereço classes de endereços deve-se ao fato do tamanho das redes que compõem a Internet variar muito, indo desde redes locais de computadores de pequeno porte, até redes públicas interligando milhares de hosts.
Existe uma outra versão do IP, a versão 6 (IPv6) que utiliza um número de 128 bits, o que torna possível utilizar 2128 endereços diferentes.
O endereço de uma rede (não confundir com endereço IP) designa uma rede e deve ser composto pelo seu endereço (cujo último octeto tem o valor zero) e respectiva máscara de rede (netmask).
No contexto de redes de computadores, o backbone (backbone traduzindo para português, espinha dorsal, embora no contexto de redes, backbone signifique rede de transporte) designa o esquema de ligações centrais de um sistema de redes mais amplo, tipicamente de elevado desempenho e com dimensões continentais.
Por exemplo, os operadores de telecomunicações mantêm sistemas internos de elevadíssimo desempenho para comutar os diferentes tipos e fluxos de dados (voz, imagem, texto, etc). Na Internet, numa rede de escala planetária, podem-se encontrar hierarquicamente divididos, vários backbones: os de ligação intercontinental, que derivam nos backbones internacionais, que por sua vez derivam nos backbones nacionais. Neste nível encontram-se, tipicamente, várias empresas que exploram o acesso à telecomunicação — são, portanto, consideradas a periferia do backbone nacional.
Em termos de composição, o backbone deve ser concebido com protocolos e interfaces apropriados ao débito que se pretende manter. Na periferia, desdobra-se o conceito de ponto de acesso, um por cada utilizador do sistema. É cada um dos pontos de acesso (vulgarmente referidos como POP's) que irão impor a velocidade total do backbone. Por exemplo, se um operador deseja fornecer 10 linhas de 1 Mbit com garantia de qualidade de serviço, o backbone terá que ser, obrigatoriamente, superior a 10 Mbit (fora uma margem especial de tolerância).
A Internet e consequentemente a sua rede de transporte não se sustentam num controle central nem em estruturas coordenadas, nem tampouco em qualquer tipo de política mundial de rede. A elasticidade e resiliência da Internet resulta de características da sua arquitetura, concretamente, na ideia de colocar o menor número possível de funções de estado e controle da rede nos elementos de rede, cujo oposto seria delegar nos pontos finais de comunicação a maior parte do processamento do tráfego, para garantir a integridade, confiabilidade e autenticidade de dados. Além disso, o maior grau de redundância das ligações das redes atuais e os protocolos sofisticados de tempo-real dão caminhos alternativos de comunicação que permitem o balanceamento de carga e evitam o congestionamento.
O primeiro backbone do Brasil entrou em operação em 1992— Fase I: de 1991 a 1993 (montagem) — no ambiente acadêmico, fruto de um projeto que se iniciou pouco antes pelas mãos da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Na época, interligava dez capitais brasileiras e o Distrito Federal, com capacidade de 64 kbps.
Um domínio de broadcast é um segmento lógico de uma rede de computadores em que um computador ou qualquer outro dispositivo conectado à rede é capaz de se comunicar com outro sem a necessidade de utilizar um dispositivo de roteamento.
Embora os switches filtrem a maioria dos quadros com base nos endereços MAC, eles não filtram quadros de broadcast. Para que outros switches na LAN recebam quadros de broadcast, os switches precisam enviar esses quadros para todas as portas (inundar). Um conjunto de switches interconectados forma um único domínio de broadcast. Somente um dispositivo de camada de rede, como um roteador, pode dividir um domínio de broadcast de camada 2. Os roteadores são usados para segmentar tanto domínios de broadcast como domínios de colisão.
Quando um dispositivo envia um broadcast de camada 2, o endereço MAC destino no quadro é definido somente com 1s binários. Um quadro com um endereço MAC destino definido somente com 1s binários é recebido por todos os dispositivos no domínio de broadcast.
O domínio de broadcast de camada 2 é conhecido como domínio de broadcast MAC. O domínio de broadcast MAC consiste em todos os dispositivos na LAN que recebem quadros de broadcast de um host.
Quando um switch recebe um quadro de broadcast, ele encaminha o quadro por meio de cada uma de suas portas, exceto a porta de ingresso na qual o quadro de broadcast foi recebido. Cada dispositivo conectado ao switch recebe uma cópia do quadro de broadcast e o processa. Os broadcasts às vezes são necessários para localizar inicialmente outros dispositivos e serviços de rede, mas eles também reduzem a eficiência da rede. A largura de banda da rede é usada para propagar o tráfego de broadcast. Muitos broadcasts e uma carga de tráfego pesada na rede podem causar congestionamentos ou reduzir a velocidade de desempenho da rede.
Quando dois switches estão conectados, o domínio de broadcast é aumentado. Neste caso, um quadro de broadcast é encaminhado a todas as portas conectadas ao switch S1. O switch S1 está conectado ao switch S2. O quadro é propagado também a todos os dispositivos conectados ao switch S2.
O domínio de broadcast pode ser limitado em switches segmentando a rede fisicamente ou através de vlans, e então interligando estes segmentos com um router. Sem o router, os segmentos de rede e/ou vlans não se comunicam.
Hubs atuam em domínio de colisão, pois são considerados switches "burros" que não direcionam para qual porta especifica irá o pacote, simplesmente enviam para todas as portas. A colisão ocorre quando mais de um dispositivo envia um quadro ao mesmo tempo que outro dispositivo na rede e a transmissão precisa ser reiniciada, causando baixa eficiência na rede.
CDN é abreviação de Content Delivery Network (ou Rede de Distribuição de Conteúdo). É uma rede de servidores Pops (pontos de presença) que armazenam réplicas do conteúdo de outros sites na memória (cache) e depois os entrega aos visitantes, baseando-se na localização geográfica para conectá-los ao servidor mais próximo e mais rápido, reduzindo o tempo de transferência dos dados (latência).
A CDN também se comunicará com o servidor de origem para entregar qualquer conteúdo que não tenha sido previamente armazenado em cache. Além disso seu uso permite que o site suporte melhor ataques DDoS e mantenha alta disponibilidade, por estar presente simultaneamente em diferentes datacenters.
As CDNs mais modernas, contam também com recursos como Cache de Conteúdo Dinâmico, para aliviar o processamento do servidor e acelerar ainda mais as páginas, e Web Application Firewall (WAF), para dar mais segurança aos sites e e-commerces.
As redes de distribuição de conteúdo são usadas para interações B2B e no fornecimento de conteúdo aos consumidores.
Hoje, à medida que mais aspectos da vida diária se movem on-line, as organizações usam as redes de entrega de conteúdo para acelerar conteúdo estático, conteúdo dinâmico, conteúdo móvel, transações de comércio eletrônico, vídeo, voz, jogos, etc.
Existe uma ferramenta muito pouco explorada e comum aos sistemas operacionais mais conhecidos como Windows e Linux, chama-se NSLOOKUP, esta ferramenta e utilizada para se obter informações sobre registros de DNS de um determinado domínio, host ou IP.
Em uma busca nslookup padrão, o servidor DNS do provedor de acesso ISP é consultado e retorna as informações sobre o domínio ou host pesquisado, esta resposta deve obrigatoriamente conter:
O IP do servidor de DNS que esta sendo utilizado para a consulta no campo 1° campo Address sendo sendo ele o servidor de DNS que o provedor de Internet ISP ira fornecer na sua conexão.
Em casos de uma resposta autoritativa do domínio a mensagem de "Nome: seguido do domínio consultado".
Em caso de uma resposta não autoritativa do domínio a mensagem "Não é resposta autoritativa:" antes do campo "Nome:", isso indica que o servidor de DNS fez uma consulta externa para obter o nome de domínio solicitado.
No campo 2º campo Address: será exibido o endereço IP que corresponde ao domínio solicitado provando assim que a tradução ou requisição de DNS esta sendo feita e que o servidor esta ativo e operante.
E logo abaixo será exibido no campo Aliases: o nome do domínio requisitado.
Caso a resposta do servidor de DNS do provedor seja: "DNS request timed out" significa que o servidor não foi encontrado ou não esta funcionando, para se ter a certeza de que o servidor testado esta de fato parado, podemos usar o mesmo comando seguido de um servidor de DNS de terceiros como os DNSs 8.8.8.8, 8.8.4.4 para IPV4 e 2001:4860:4860::8888 e 2001:4860:4860::8844 para IPV6 ambos DNS da Google e 1.1.1.1, 1.0.0.1 para IPV4 e 2606:4700:4700::1111, 2606:4700:4700::1001 para IPV6 da empresa Cloudflare.
Exemplo:
nslookup www.fibercomtv.com.br 8.8.8.8
nslookup www.fibercomtv.com.br 2001:4860:4860::8888
nslookup www.fibercomtv.com.br 1.1.1.1
nslookup www.fibercomtv.com.br 2606:4700:4700::1111
Neste caso a consulta de DNS não será mais feita ao DNS fornecido pelo seu provedor de Internet e sim pelo DNS que esta apontado no comando neste caso "nslookup www.fibercomtv.com.br 8.8.8.8" onde a consulta será feita ao DNS 8.8.8.8 do Google.
Caso a resposta da solicitação seja positiva confirmamos assim a inoperabilidade do servidor de DNS local cabendo um contato com seu provedor para relatar o problemas.
Um erro de pacote significa que há algo errado com o pacote. Existem dois tipos de erros de pacote que geralmente ocorrem:
Erros de transmissão , em que um pacote é danificado a caminho de seu destino - como uma ordem frágil da Amazon que é adulterada no caminho.
Erros de formato , em que o formato de um pacote não é o que o dispositivo receptor estava esperando (ou desejando). Pense em pedir uma Coca-Cola em um restaurante e receber uma Pepsi.
Os pacotes podem facilmente ser danificados no caminho através de uma rede. Se um dispositivo - como um roteador, comutador ou estação de trabalho - estiver conectado à Ethernet por meio de um cabo com defeito, porta com defeito, cabo de fibra quebrado ou conector de fibra suja, um pacote poderá ser danificado.
Os pontos de acesso também são suscetíveis a erros de pacotes. Os escritórios geralmente têm várias fontes de interferência de alta frequência de rádio - graças a dispositivos Bluetooth, pontos de acesso não gerenciados, microondas e muito mais. Portanto, os pacotes que viajam sem fio são facilmente danificados.
Se ocorrer um erro de pacote, o TCP (Transmission Control Protocol) reenviará as mesmas informações repetidamente, na esperança de que os dados cheguem ao destino sem problemas, enquanto o UDP (User Datagram Protocol) continuará avançando, mesmo que os pacotes não atinjam seus dados. destino.
Um descarte de pacote ocorre quando um pacote recebido tem um erro de transmissão ou formato ou quando o dispositivo receptor não tem espaço de armazenamento suficiente para isso.
Embora algumas devoluções sejam inevitáveis, as devoluções excessivas podem apontar para vários problemas, incluindo:
Um dispositivo de rede está configurado incorretamente. Pense em VLANs incompatíveis nas duas extremidades de uma conexão. Se uma extremidade for uma VLAN 9, mas a outra não, o tráfego proveniente da VLAN 9 será descartado porque a porta de recebimento não está configurada para o tráfego da VLAN 9.
Uma porta que não possui largura de banda suficiente
Hardware - como switches, roteadores e firewalls - com alto uso de CPU ou memória
Os pontos de acesso são suscetíveis a devoluções de pacotes, assim como a erros de pacotes, mas não pelos mesmos motivos. Se os pontos de acesso estiverem com um grande número de devoluções de pacotes, pode ser que os dispositivos sem fio aos quais está tentando se conectar estejam muito longe dele.
Para manter os erros de pacote e as devoluções de pacotes separados em sua mente, lembre-se deste simples ditado: "Todos os erros de pacote são descartados, mas nem todos os descartes de pacote são erros".
Você pode ter pensado que a perda de pacotes e o descarte de pacotes eram termos intercambiáveis, pois ambos parecem muito semelhantes. Mas há uma diferença importante: a perda de pacotes acontece antes que um pacote chegue ao seu destino, o que significa que pode acontecer em qualquer lugar da rede.
E embora a perda de pacotes seja um problema comum nas redes, normalmente não afeta o desempenho da rede. Em alguns casos, a lentidão causada pela perda de pacotes pode nem ser perceptível. O download legal de um filme da Netflix pode levar 45 segundos em vez de 30, por exemplo.
No entanto, a perda persistente de pacotes ainda deve ser tratada, e existem vários possíveis culpados por trás disso:
Há mais pacotes em um link do que ele foi projetado ou configurado para lidar.
Um dispositivo está recebendo pacotes mais rapidamente do que pode processá-los, fazendo com que pacotes extras sejam descartados enquanto esperam.
Há hardware antigo, com defeito ou mal definido na rede.
Há alta interferência de radiofrequência no escritório.
Há uma grande distância ou sinal fraco entre um dispositivo e um ponto de acesso.
E aí está, uma resposta definitiva para a pergunta comum: "Qual é a diferença entre erros de pacote, descarte de pacotes e perda de pacotes?"
As redes sem fio seguem especificações que são desenvolvidas pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos ou IEEE), que é uma organização profissional sem fins lucrativos formada por engenheiros, cientistas, pesquisadores e outros profissionais em cerca de 150 países. A ONG é responsável por estabelecer os padrões a serem adotados pelos fabricantes ao desenvolverem seus equipamentos.
Infelizmente, as diferentes variações dos padrões estabelecidos pelo instituto costumam causar uma certa confusão para a maioria das pessoas, mesmo para usuários com algum conhecimento técnico. Isso se deve ao fato das especificações serem extremamente técnicas. Contudo, o usuário final também precisa entender um pouco sobre esses padrões, ao menos o suficiente para poder escolher o equipamento adequado às suas necessidades.
Embora pareçam estranhas, as nomenclaturas dos padrões criados pela entidade normalmente são simples e formadas pela sua sigla IEEE, seguida de um código e uma letra. No caso das redes sem fio, as mais conhecidas são IEEE 802.11b, IEEE 802.11g, IEEE 802.11n, que são popularmente chamadas apenas de B, G e N. O número 802.11 refere-se às redes sem fio e a letra corresponde à forma como ela trabalha, em que frequência e velocidade opera, além de alguns outros parâmetros.
Ainda em uso, a rede padrão 802.11b é a evolução do primeiro padrão, que teve um tempo de vida muito curto. Ela permite um alcance máximo operacional de 100 metros em ambiente fechado e 180 metros em uma área aberta, podendo alcançar a velocidade máxima de 11 Mbits/s, e trabalha usando a frequência de 2,4 GHz.
Mais comum nos dias atuais, a rede padrão 802.11g também usa a mesma frequência de 2,4 GHz do padrão B, mas pode alcançar a velocidade máxima de 54 Mbits/s, além de ter o mesmo alcance que a rede do padrão 802.11b.
Redes que usam o padrão 802.11n mantêm compatibilidade com seus antecessores e trabalham nas faixas de 2,4 GHz e 5 GHz. Elas também suportam velocidades superiores a 100 Mbps e têm um alcance muito superior aos padrões anteriores.
Como é possível ver, as principais diferenças entre os padrões estão na frequência utilizada, no alcance máximo da rede e na velocidade máxima alcançada. De todos esses itens, apenas a frequência pode ser considerada um fator exato. Os outros variam devido a interferências ou barreiras físicas. Sabendo essas informações e que para o consumidor final o que interessa é a velocidade e o alcance, fica mais fácil montar uma rede sem fio. Então, basta escolher os equipamentos adequados à necessidade da rede pretendida, que dificilmente haverá problemas.
Vale observar que, mesmo sendo possível montar uma rede com uma mistura de diferentes padrões – pois eles mantêm compatibilidade com os antecessores – e marcas, na hora de comprar equipamentos para montar uma rede sem fio, deve-se dar preferência a produtos que seguem o mesmo padrão e são da mesma marca, se possível. Embora essa última recomendação não seja obrigatória, às vezes ocorre incompatibilidade ao usar equipamentos de marcas diferentes. Isso pode acontecer porque, mesmo seguindo as especificações dos padrões do IEEE, alguns fabricantes criam características próprias em seus dispositivos.
Também é muito importante escolher os equipamentos de acordo com a necessidade. Por exemplo, se for preciso criar uma rede para um pequeno apartamento onde não há barreiras físicas, não existe necessidade de comprar equipamentos no padrão N, pois o padrão G já atende plenamente por ter velocidade e alcance suficientes para esse contexto. É bom evitar montar redes usando padrão 802.11b, pois ele já está entrando em desuso.
Assim, conhecendo as diferenças dos padrões de redes sem fio e suas aplicações, é possível criar redes menos problemáticas e totalmente adequadas às suas necessidades. Só não esqueça que, caso não tenha o conhecimento necessário para a tarefa, é melhor contratar um especialista.
Na hora de escolher um novo roteador surgem diversas dúvidas. Afinal, além da quantidade de antenas, da potência, da velocidade e dos recursos, há ainda o protocolo em que o aparelho é construído. Basicamente, os tipos de padrões (B, G, N e AC) se diferenciam na velocidade em que o roteador suporta, mas também há outros detalhes técnicos.
Preparamos este artigo para desvendar as principais características e semelhanças entre dois dos padrões mais comuns entre os roteadores e dispositivos Wi-Fi. Saiba o que há de diferente entre os protocolos 802.11n e 802.11ac.
Roteadores AC podem comportar mais do que quatro antenas.
O que são?
Os protocolos são uma forma de padronizar todos os dispositivos que utilizam as redes Wi-Fi. Imagine o caos que seria se cada fabricante resolvesse criar uma tecnologia própria de transmissão de dados Wireless?
A criação dos padrões foi o jeito que a indústria encontrou para garantir que todos os aparelhos consigam se comunicar entre si utilizando a mesma tecnologia. Eles são gerenciados pelo IEEE (Instituto de Engenheiro e Eletricistas e Eletrônicos), que define as normas e especificações que as fabricantes devem usar.
Essas especificações são válidas não só para os roteadores, mas para qualquer outro aparelho que pretende usar Wi-Fi, seja televisões, smartphones ou dispositivos de Internet das Coisas.
Diferenças entre 802.11n e 802.11ac
Com a necessidade de avanço na tecnologia Wi-Fi, surgem novas especificações padronizadas pelo IEEE. Elas podem se diferenciar pela velocidade, pela faixa de espectro que usam e até mesmo pela quantidade de antenas que suportam, além, é claro, de novos recursos.
A principal diferença entre os padrões n e ac é a velocidade. Enquanto os dispositivos que utilizam Wi-Fi n conseguem chegar a 450 Mbps, os dispositivos ac podem chegar a 1.300 Mbps, quase três vez mais rápido do que o padrão anterior. Vale destacar que essa é a transferência de dados entre os dispositivos na rede e não a velocidade da Internet, que depende do provedor.
Outra diferenças está na quantidade de antenas. Enquanto o padrão n pode trabalhar com até quatro antenas, os roteadores ac comportam até oito antenas trabalhando simultaneamente. Com mais pontos de transmissão e recepção de sinal, menos congestionada fica a rede.
O padrão 802.11n opera em 2.4 GHz – também podendo trabalhar em 5 GHz. Já o 802.11ac trabalha em 5 GHz. Na prática, apesar de oferecer alcance menor, operar em 5 GHz que dizer trabalhar com menos interferências. Diversos dispositivos, de telefones sem fio a microondas, emitem sinais em 2.4 GHz, o que pode poluir a frequência, tornando o Wi-Fi instável. O ac também oferece uma largura de canal maior, até 160 MHz contra 40 MHz do n.
O Beamforming, que é opcional para dispositivos n, é obrigatório para dispositivos ac. A tecnologia oferece emissão inteligente, reforçando o sinal nos locais onde há dispositivos conectados.
Vale destacar que se você tiver um roteador ac ele vai ser compatível com todos os seus dispositivos. Porém, para extrair o máximo de desempenho, o seu smartphone, por exemplo, também deve suportar o Wi-Fi ac. Isso também vale para roteadores n, que vão funcionar com dispositivos ac.
Uma das vantagens da padronização do IEEE é que os protocolos mais novos são obrigados a ser compatíveis com os padrões anteriores.
Fonte: https://www.techtudo.com.br/
Texto adaptado por: Luciano Ribeiro